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A História Das Câmeras de Segurança

Hoje estamos acostumados com câmeras de segurança tão tecnológicas e tão pequenas que é difícil se quer imaginar como elas eram no início.


Neste post vamos trazer um resumão sobre a história das câmeras de segurança.


Então, se você curte conhecimento, tecnologia, e segurança eletrônica, vem conosco nessa incrível viagem no túnel do tempo!


A Evolução das Câmeras de Segurança: Uma Breve História


As câmeras de segurança têm desempenhado um papel crucial na proteção de pessoas e propriedades ao longo das décadas. Sua história é fascinante, marcada por inovações tecnológicas e mudanças nas necessidades de segurança.


Os Primórdios

As primeiras tentativas de vigilância datam da década de 1940, com a invenção das câmeras de vídeo.

Nessa época, as câmeras utilizavam tubos para captar as imagens:

Uma lente projetava a imagem sobre um material fotoresistivo (a resistência varia de acordo com a luz que incide sobre ele), e um feixe de elétrons era lançado contra esse material, atravessando-o e acertando uma lâmina condutora transparente.

Esse feixe de elétrons era controlado por bobinas defletoras, que fazia com que ele fosse "varrendo" toda a superfície do material fotoresistivo, começando em um dos cantos superiores, e descendo, até chegar na parte inferior (mais ou menos como fazemos quando estamos lendo um livro).

Quando o feixe chegava na parte inferior, após varrer toda a superfície do material, ele voltava e repetia o processo.


E a lâmina condutora ia recebendo mais ou menos elétrons dependendo da luminosidade que havia sobre o material fotoresistivo. Assim, na saída de vídeo havia um fluxo variável de elétrons que gerava o sinal de vídeo.


A cada ciclo do feixe de elétrons (quando ele chegava na parte inferior e voltava para cima) era gerado um quadro de imagem, e naquela época ele fazia isso 30 vezes por segundo. Ou seja, a câmera tinha uma taxa de 30 quadros por segundo.


Para que essa imagem gerada pela câmera fosse exibida em uma TV, acontecia o inverso: o fluxo de elétrons era lançado contra um tubo (naquela época as TVs também tinham tubos para exibir imagens) onde havia um material que emitia luz quando elétrons se chocavam contra ele.

Essa luz então era dependente da quantidade de elétrons: quanto mais elétrons, mais forte era a luz.

E o fluxo de elétrons era controlado também por bobinas defletoras para que fizesse o mesmo movimento feito na câmera, exibindo assim a imagem tal qual foi captada pela câmera.

E como é de se esperar, a imagem gerada e exibida na TV era em preto em branco, pois tanto as câmeras quanto as TVs só lidavam com variações de luz, sem qualquer informação de cor.


Então as Câmeras de Segurança

Em 1949 foi desenvolvida a primeira câmera de vídeo específica para o monitoramento de segurança na Alemanha.


Quem fez isso foi um engenheiro alemão chamado Walter Bruch, o mesmo que inventou o padrão de vídeo PAL, utilizado até hoje em muitos dispositivos, inclusive em câmeras de segurança.

Bruch na época estava trabalhando para a Telefunken, uma empresa que fabricava, entre outras coisas, televisores, que inclusive faziam muito sucesso aqui no Brasil (a maioria das pessoas mais velhas deve se recordar dessa marca).


Mas, como é de se esperar, as câmeras de segurança nessa época eram analógicas, muito primitivas, e exigiam uma equipe dedicada para monitorar as imagens.


A Era do Vídeo Analógico

Nos anos 1960 e 1970, as câmeras de segurança analógicas começaram a se popularizar.

Com a introdução do vídeo cassete, era possível gravar as imagens para revisão posterior, o que não era possível até então (as câmeras serviam apenas para a visualização em tempo real).

No entanto, essas câmeras eram caras e limitadas em termos de qualidade e funcionalidade.

A resolução delas nessa época fica entre 320 x 240 pixels e 640 x 480 pixels.

Mas a necessidade de segurança em locais públicos, como bancos e lojas, impulsionou sua adoção.


A Revolução Digital

A verdadeira revolução começou na década de 1990, com o advento da tecnologia digital.

Câmeras digitais permitiram a captura de imagens de alta qualidade e a gravação em redes de computadores.

O armazenamento digital facilitou a análise e a recuperação de imagens, tornando o monitoramento mais eficiente.


Mas vale salientar que as câmeras de segurança nessa época ainda eram analógicas, sendo o vídeogerado por elas convertido em digital, o que acontece ainda hoje com a maioria das câmeras.


E aqui vai uma informação importante: ainda hoje a maioria das câmeras de segurança utilizadas são analógicas.


Sim, muitas pessoas pensam que câmeras analógicas são apenas as câmeras antigas de baixa resolução, e que as câmeras mais novas são todas digitais. Mas na verdade, pelo menos até o momento de escrita desse post, apenas câmeras IP e algumas outras poucas opcões são 100% digitais.

Todas as câmeras atuais disponíveis no mercado, sejam AHD, XVI, HD-CVI, ou HD-TVI, e que possuem saída de vídeo BNC, disponibilizam em sua saída um sinal de vídeo analógico, independente da resolução (720P/1MP, 1080P/2MP, 3MP, 5MP, 8MP), ou da marca:


Nós escrevemos um post sobre isso. Você poderá ler ele clicando ou tocando aqui.


As Câmeras IP e a Vigilância Remota

Com a popularização da internet no início dos anos 2000, surgiram as câmeras IP, que podiam ser acessadas remotamente.

Isso transformou a forma como as pessoas monitoravam suas propriedades.

A capacidade de visualizar imagens em tempo real, de qualquer lugar do mundo, trouxe um novo nível de segurança pessoal e comercial.


As câmeras IPs sim nessa época eram digitais, pois geravam um sinal de vídeo em sua saída já no formato digital, tal qual acontece com as câmeras IP hoje em dia.


A Era da Inteligência Artificial

Hoje, a integração da inteligência artificial (IA) nas câmeras de segurança está revolucionando ainda mais o setor. Sistemas de reconhecimento facial e análise de comportamento estão se tornando comuns, permitindo respostas rápidas a situações suspeitas. A IA pode identificar padrões e alertar os operadores sobre possíveis ameaças, aumentando a eficácia da vigilância.


Algumas das coisas que são possíveis em câmeras com inteligência artificial:


1). Reconhecimento Facial: a câmera consegue identificar pessoas, sendo possível criar alertas quando uma determinada pessoa for detectada;

2). Contagem de Pessoas: a câmera consegue contar quantas pessoas existem em um local;

3). Intrusão: a câmera consegue identificar quando pessoas entram em um local;

4). Evasão: a câmera consegue identificar quando pessoas saem de um local;

5). Rastreio de Objetos: a câmera consegue identificar quando um objeto é removido de um local;

6). Reconhecimento de Placas: a câmera consegue identificar veículos pela placa deles;

7). Monitoramento de Temperatura: a câmera possui um segundo sensor que detecta temperatura, e assim, consegue por exemplo, identificar pessoas que estiverem com febre no local;

8). Interpretação Facial: a câmera consegue identificar se a pessoa está alegre, brava, triste, etc.


O Futuro da Vigilância

À medida que a tecnologia avança, as câmeras de segurança continuarão a evoluir. A realidade aumentada e o uso de drones para vigilância são apenas algumas das inovações que estão no horizonte.

Com o aumento das preocupações com a privacidade, também será necessário encontrar um equilíbrio entre segurança e direitos individuais.


Conclusão

A história das câmeras de segurança é uma jornada de inovação e adaptação. Desde as primeiras tentativas rudimentares até os sofisticados sistemas atuais, essas ferramentas se tornaram essenciais para garantir a segurança em um mundo em constante mudança.

Com a evolução da tecnologia, é emocionante imaginar como serão as câmeras de segurança nas próximas décadas.



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